33ª Semana do Tempo Comum | Sábado

Primeira Leitura

PRIMEIRA LEITURA

O mar Vermelho tornou-se caminho desimpedido
por onde passaram como cordeiros saltando de alegria.

Leitura do Livro da Sabedoria 18,14-16; 19,6-9

14

Quando um tranquilo silêncio

envolvia todas as coisas
e a noite chegava ao meio de seu curso,

15

a tua palavra onipotente,
vinda do alto do céu, do seu trono real,
precipitou-se, como guerreiro impiedoso,
no meio de uma terra condenada ao extermínio;
como espada afiada, levava teu decreto irrevogável;

16

defendendo-se, encheu tudo de morte
e, mesmo estando sobre a terra, ela atingia o céu.

19,6

Então, a criação inteira, obediente às tuas ordens,
foi de novo remodelada em cada espécie de seres,
para que teus filhos fossem preservados de todo perigo.

7

Apareceu a nuvem para dar sombra ao acampamento,
e a terra enxuta surgiu onde antes era água:
o mar Vermelho tornou-se caminho desimpedido,
e as ondas violentas

se transformaram em campo verdejante,

8

por onde passaram, como um só povo,
os que eram protegidos por tua mão,
contemplando coisas assombrosas.

9

Como cavalos soltos na pastagem
e como cordeiros, correndo aos saltos,
glorificaram-te a ti, Senhor, seu libertador.
Palavra do Senhor.

Salmo

Salmo responsorial Sl 104(105),2-3.36-37.42-43 (R. 5a)
R. Lembrai sempre as maravilhas do Senhor!

Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.

2

Cantai, entoai salmos para ele, *
publicai todas as suas maravilhas!

3

Gloriai-vos em seu nome que é santo, *
exulte o coração que busca a Deus! R.

36

Matou na própria terra os primogênitos, *
a fina flor de sua força varonil.

37

Fez sair com ouro e prata o povo eleito, *
nenhum doente se encontrava em suas tribos. R.

42

Ele lembrou-se de seu santo juramento, *
que fizera a Abraão, seu servidor.

43

Fez sair com grande júbilo o seu povo, *
e seus eleitos, entre gritos de alegria. R.

Segunda Leitura

Evangelho

EVANGELHO

Deus fará justiça aos seus
escolhidos, que dia e noite gritam por ele.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 18,1-8

Naquele tempo,

1

Jesus contou aos discípulos uma parábola,
para mostrar-lhes a necessidade de rezar sempre,
e nunca desistir, dizendo:

2

"Numa cidade havia um juiz

que não temia a Deus,
e não respeitava homem algum.

3

Na mesma cidade havia uma viúva,
que vinha à procura do juiz, pedindo:
'Faze-me justiça contra o meu adversário!'

4

Durante muito tempo, o juiz se recusou.
Por fim, ele pensou:
'Eu não temo a Deus,

e não respeito homem algum.

5

Mas esta viúva já me está aborrecendo.
Vou fazer-lhe justiça,
para que ela não venha a agredir-me!'"

6

E o Senhor acrescentou:
"Escutai o que diz este juiz injusto.

7

E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos,
que dia e noite gritam por ele?
Será que vai fazê-los esperar?

8

Eu vos digo

que Deus lhes fará justiça bem depressa.
Mas o Filho do homem, quando vier,
será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?"
Palavra da Salvação.

Santo Do Dia

Celebra-se o aniversário de duas grandes Basílicas pontifícias: a de São Pedro, no Vaticano, e a de São Paulo fora dos Muros, em Roma. A dedicação da Basílica de São Pedro foi feita pelo Papa Silvestre, que governou a Igreja entre o ano 314 a 335; e a Basílica de São Paulo foi dedicada pelo Papa Sirício, cujo pontificado ocorreu entre 384 a 399. Na cripta da Basílica de São Pedro de Roma, a maior do mundo, descansam os restos mortais do primeiro Vigário de Cristo, São Pedro Apóstolo.

Nesta celebração são ressaltadas a importância dos dois apóstolos, chamados “as duas colunas da Igreja”. Um foi o grande condutor e primeiro Papa da Igreja, o outro desbravou a evangelização e levou Cristo aos gentios. Celebrando essa memória, deseja-se ressaltar a fraternidade entre os apóstolos e a unidade dentro da Igreja. São locais importantíssimos para o catolicismo por terem os corpos (relíquias) dessas grandes personalidades. Essa data, faz pensar que cada qual em seu chamado, mesmo que diverso em vocações, tem seu papel fundamental dentro do contexto eclesial.

Basílica de São Pedro

No ano 323, o imperador Constantino começou a construir a Basílica de São Pedro, a pedido da sua mãe, Santa Helena, sobre o lugar da sepultura do apóstolo Pedro. Durante o pontificado de Júlio II, a antiga igreja de São Pedro foi demolida e construída outra, em memória do Príncipe dos Apóstolos, desenhada por Bramante, em forma de uma Cruz grega, que correspondia aos ideais da Renascença.

Em 1506, a pedido do Papa Paulo III, o gênio imortal de Michelangelo construiu a famosa Cúpula, entre 1546 e 1564, mas não conseguiu completá-la antes da sua morte, em 1564. Carlos Maderno construiu a fachada e terminou a nave a pedido do Papa Paulo V, entre 1607 e 1614. Enfim, Bernini levantou o grande baldaquino do altar-mor, em 1623, continuou a decoração interior e desenhou as Colunas da Praça São Pedro.

No dia 18 de novembro de 1626, o Papa Urbano VIII consagrou a Basílica dedicada ao Apóstolo São Pedro. A Basílica de São Pedro, a maior de todas as igrejas católicas do mundo, construída sobre o túmulo do Apóstolo Pedro, ocupa uma área de 23.000 m² e comporta mais de 60 mil pessoas.

Basílica de São Paulo

São Paulo foi enterrado, provavelmente, no lugar do seu suplício, em um cemitério comum dos cristãos, sobre o qual foi construída a Basílica a ele dedicada. Ao longo dos séculos, houve um grande movimento de peregrinações à sua sepultura. A partir do século XIII, data do primeiro Ano Santo, a Basílica de São Paulo fora dos Muros, por se encontrar fora da Porta da Cidade Eterna, fez parte do itinerário do ano jubilar, para se obter indulgência plenária, e contava também uma Porta Santa. Uma enorme estátua do evangelista Paulo na entrada da Basílica, de 131,66 metros de comprimento, 65 de largura e 29,70 de altura.

Trata-se de uma construção imponente, a segunda em grandeza das quatro Basílicas papais. A primeira é a de São Pedro, a segunda de São Paulo e, a seguir, as outras duas: Santa Maria Maior e São João de Latrão, sede da diocese de Roma. A atual Basílica de São Paulo fora dos Muros é uma reconstrução, do século XVIII, da antiga basílica de Constantino. A Basílica, situada em um lugar, que, antes, se encontrava fora dos Muros da Cidade de Roma, foi restaurada entre o ano 440 e 461 pelo Papa São Leão.

Em 15 de julho de 1823, um incêndio destruiu a Basílica paulina, mas a sua reconstrução ficou bem mais formosa. Sob o altar-mor, uma placa de mármore indica o lugar, onde o Apóstolo Paulo foi sepultado, com a seguinte escrita: “Paulo, Apóstolo, mártir”. O Papa Pio IX quis que a Dedicação da Basílica de São Paulo fosse no mesmo dia da Basílica de São Pedro, em 18 de novembro.

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